Retrato à moda antiga...
As manhãs de domingo começavam cedo no
subúrbio. Desde as sete da manhã, donas de casa corriam apressadas ao aviário
para escolherem a melhor galinha para o almoço da família. Outras iam ao açougue do bairro comprar a
carne de segunda para o cozido. Nesse caso, que chegava um pouquinho mais tarde
pegava o segundo corte da chã, mais macio e com menos pelanca. Os homens mais
novos seguiam com chuteiras velhas no ombro, para o campo da pelada. Bermudas
pelo joelho, como convinha e camisa de meia.
Os mais
velhos - lá depois dos nove - iam se aglomerando em frente ao botequim do
portuga, para aguardar que esse levantasse as portas surradas, de metal pintado
de verde ou vermelho encarnado. Dispunham-se até a ajudar o velho a tirar os
engradados de madeira com a cerveja, que havia chegado de madrugada da frente
da porta principal e a colocar as pesadas mesas de pés de madeira trabalhados e
mármore branco, encardido do tempo, na beira da calçada.