domingo, 22 de dezembro de 2013


Existem duas formas de  captar uma imagem: o jeito fácil e prático e o jeito complicado e demorado. Cada um deles serve a propósitos específicos. Eu gosto do caminho antigo e demorado. Mas não tenho nada contra o point-and-shot. Pelo menos, nos dois casos a qualidade é boa. 

O meio termo é que geralmente é terrível. Não sabe fazer? Deixa o dispositivo resolver seu problema. Eu tenho saudades do velho filme e da expectativa que ele nos causava. Tirar as fotos e correr para revelar. E ver o resultado, horas ou dias depois. Satisfação ou decepção. 

Então procuro brincar com as digitais, fazendo um pouco desse caminho de gato e rato. Não sempre, pois não é produtivo. É somente pura diversão. Como eu faço? Simples e complicado...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O preconceito na mídia... linchamento imagético.




Observem bem a foto. Está na capa do The Guardian de hoje (http://www.theguardian.com/uk-news/2013/dec/19/lee-rigby-murder-michael-adebolajo-adebowale-guilty). A condenação dos dois negros ingleses, seguidores radicais do Islam, que mataram o soldado branco da rainha... Não estou defendendo oas dois ou as razões de ódio religioso e insanidade que estão envolvidas no crime. O ato foi bárbaro e descabido e a condenação justa e leve. Deviam ter pegado pena de morte. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013


Alta definição...

Todos que me conhecem na vida real e alguns novos conhecidos - que infelizmente nunca encontrei pessoalmente – já devem saber do meu temperamento. Sou pessoa difícil sim. Sou controverso. Sou extremado em opiniões. Sou sincero ao falar para amigo ou inimigo. Sou principalmente sincero ao falar de mim mesmo. Ganhei diversas vezes alcunhas como a de presunçoso, metido ou dono da verdade.  Coisas que estou longe de ser. Se nem eu mesmo sei o que quero ou penso. Posso pensar branco hoje e negro amanhã. Não tenho vergonha de me expor. Mostrar quem eu sou, do pouco que me entendo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Assange e o mensalão...

Assange pediu que os Estados Unidos da América desistisse da caça as bruxas. Sábio conselho. Obama deveria escutar e acatar. Afinal eles não foram nem nunca serão os paladinos da justiça e documentos secretos sempre vazarão. Assange deveria também, caso consiga sair do embroglio em que se meteu, abrir um resort em Quito e sossegar o facho. Afinal sempre existirão documentos secretos e gente interessada em repassa-los. Mas no final das contas, tanto Assange quanto os Estados Unidos devem deixar de serem tolos o bastante para acreditar que resolverão todos os problemas do mundo invadindo republiquetas o Oriente Médio ou vasando documentos secretíssimos e importantes, que afinal de contas, nos dois casos, o resto do mundo não está nem um pouco interessado em assistir, passados os 15 minutos de fama da mídia.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O sistema é foda parceiro...

Olha, essa estória de marcha disso, daquilo e do caralho, já está cansando. Isso no Brasil não dá certo e nem vai levar a lugar algum, porque o brasileiro é cooptado. É venal. Estou acompanhando o caso do Snowden, de quem, aliás, não vi ninguém comentar por aqui. O cara tinha todo o status, poder e charme de um elemento chave dentro da alta espionagem nos EUA. Ganhava 500 mil reais ao ano, mais mordomias. Tinha uma bela casa e uma namorada no Havaí. Trocou isso tudo para agora estar a um passo da injeção letal em seu país, por revelar a podridão do sistema.

Aqui no Brasil, se o cara sabe que o chefe vai roubar - e ele sabe: todo aspone, assessor ou analista sabe - ele procura tirar vantagem, chantageando o chefe ou se oferecendo para entrar no esquema. Petrobrás pagou 1 bi e duzentos por uma refinaria que não vale 50 milhões… quem é o corrupto? O Gabrieli que assinou o negócio? Só ele? E as dezenas de funcionários que precisam manipular os papeis necessários?

quarta-feira, 15 de maio de 2013


Carros novos, carros antigos e a estupidez dos brasileiros...

Segunda-feira, seis da tarde. Saio de carro para buscar minha mulher no trabalho.  Quase sempre minha filha faz isso. Mas ela estava enrolada na autorizada, esperando o carro sair da revisão. Primeira revisão dos 2500 Km do seu Chery QQ. Carrinho simpático e super equipado da montadora chinesa que está se instalando no Brasil.

Estava dirigindo pela Via L2, movimentada avenida de Brasília. Cheia de sinais, pardais e faixas de pedestre sem semáforo. Aqui em Brasília, como manda a lei e a cidadania, é obrigatório dar preferencia ao pedestre na faixa. A regra é: pedestre para no meio fio, na faixa, estende o braço e espera os carros pararem para atravessar.

Nessa situação tem dois tipos de estúpidos: os motoristas, felizmente muito poucos, provavelmente vindos de outros estados e sem educação, que não param. E pedestres que acham que podem atravessar direto, sem dar o sinal com o braço. Confiam tanto no respeito a faixa, que acham que o motorista tem obrigação de parar instantaneamente.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Retrato à moda antiga...

As manhãs de domingo começavam cedo no subúrbio. Desde as sete da manhã, donas de casa corriam apressadas ao aviário para escolherem a melhor galinha para o almoço da família.  Outras iam ao açougue do bairro comprar a carne de segunda para o cozido. Nesse caso, que chegava um pouquinho mais tarde pegava o segundo corte da chã, mais macio e com menos pelanca. Os homens mais novos seguiam com chuteiras velhas no ombro, para o campo da pelada. Bermudas pelo joelho, como convinha e camisa de meia.

 Os mais velhos - lá depois dos nove - iam se aglomerando em frente ao botequim do portuga, para aguardar que esse levantasse as portas surradas, de metal pintado de verde ou vermelho encarnado. Dispunham-se até a ajudar o velho a tirar os engradados de madeira com a cerveja, que havia chegado de madrugada da frente da porta principal e a colocar as pesadas mesas de pés de madeira trabalhados e mármore branco, encardido do tempo, na beira da calçada.