terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Retrato à moda antiga...

As manhãs de domingo começavam cedo no subúrbio. Desde as sete da manhã, donas de casa corriam apressadas ao aviário para escolherem a melhor galinha para o almoço da família.  Outras iam ao açougue do bairro comprar a carne de segunda para o cozido. Nesse caso, que chegava um pouquinho mais tarde pegava o segundo corte da chã, mais macio e com menos pelanca. Os homens mais novos seguiam com chuteiras velhas no ombro, para o campo da pelada. Bermudas pelo joelho, como convinha e camisa de meia.

 Os mais velhos - lá depois dos nove - iam se aglomerando em frente ao botequim do portuga, para aguardar que esse levantasse as portas surradas, de metal pintado de verde ou vermelho encarnado. Dispunham-se até a ajudar o velho a tirar os engradados de madeira com a cerveja, que havia chegado de madrugada da frente da porta principal e a colocar as pesadas mesas de pés de madeira trabalhados e mármore branco, encardido do tempo, na beira da calçada.