terça-feira, 22 de agosto de 2017

Tristes trópicos...

Na montagem: D Pedro II, o último Imperador do Brasil e os cinco últimos execráveis presidentes brasileiros.
O Brasil tem a sina de valorizar o que não presta. Aqui não se pode ser bom, ou ético. Ser culto ou obter reconhecimento por uma carreira baseada em estudo, talento ou reconhecimento internacional basta para fazer do cidadão um saco de pancadas. Na data de hoje, há exatos 129 anos D. Pedro II, retornava ao Brasil, depois um período de doença grave, que o fez procurar tratamento na Itália. Um anos depois trocaríamos um Imperador genuinamente brasileiro por uma sucessão de canalhas. Na imagem acima, aparecem os cinco últimos. De que reclamamos hoje? Se ouve um golpe no Brasil, aconteceu em 15 de novembro de 1889. Depois de, mesmo gravemente enfermo, retornar ao Brasil, D Pedro II só pode ficar pouco mais de um ano no governo. Em 1889, foi deposto, na farsa da proclamação da república. República de Bananas. Segue abaixo um trecho de sua vasta biografia:

domingo, 20 de agosto de 2017

Casa viva não é Casa Claudia...

Créditos da imagem: Marcelo Ruiz (2017)

Entre o ser e o ter fico com o primeiro! Casa viva é casa com livros espalhados em todos os cantos possíveis. Casa viva não é a casa da estéril da revista de decoração. Não é a casa cheia de objetos, bugingangas tecnológicas e sofás caros. Casa viva é onde se respira cheirinho de livro! Onde se vive cultura e saber. Onde a ostentação é substituída pela tentação da leitura. O conforto do conhecimento. E as casas de hoje, como as pessoas, só querem pretendem viver de ostentação. De uma beleza vazia de sentido. De saber. Casa viva é a casa da Claudia...

Uma singela homenagem à minha amada companheira Ana Cláudia, que por tantos anos, nutre o ninho com letras e afetos!

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Com o olho no cano da arma...

O projeto Jaque & Antônia, narra a aventura de duas amigas que resolveram viajar o Brasil em uma Kombe usada e adaptada. A página oficial do Facebook pode ser acessada aqui.

Leitura interessante repassada por uma amiga. Está no blog "Papo de Homem" e pode ser acessado clicando aqui. Mesmo fazendo parte do time dos que incentivam as companheiras e dão todo o espaço que precisam e merecem, nesse projeto bem específico, entendo a falta de apoio do namorado. Embora escondendo a subjetividade do medo da liberdade da amada, tem algo real. Como está no texto: "A reação veio em forma de desencorajamento. Perigos na estrada, incapacidade e vulnerabilidade foram alguns dos argumentos usados para desmotivá-la".
 
Sim existe um código de conduta atávico no macho de várias espécies. Proteger a fêmea e as crias. No homem deu origem, em algumas culturas, e indivíduos ao machismo. Outra observação que eu faria sobre o texto: essa noção de um "privilégio do dano e do sofrer"; que não é exclusivamente feminino: "É nocivo para nós, mulheres, obviamente, mas também pode ser uma prisão para quem leva a carga nas costas, às vezes por uma vida inteira. " Para além do gênero, sempre que falo sobre a necessidade do engajamento de homens e mulheres na causa da igualdade, gosto de ressaltar: há danos não apenas pela "carga"de ser machista. Existe o componente machista sim, no discurso de muitas mulheres, feministas ou não. Os danos, nesse caso são invertidos. Quantas mulheres não apoiam seus companheiros por medo de vê-os livres e acabam sofrendo muito com isso?


No caso específico dessa aventura da Kombi, que eu acompanhei no blog delas, mesmo sendo um feminista, colocaria muitos obstáculos se ela fosse minha companheira. O medo real, de perigos reais, nesse Brasil sem lei e ordem é concreto. E ninguém quer perder o ser amado! Se essa história fosse em algum país civilizado, com certeza eu não só apoiaria como iria junto. Não se se me faço entender. Mas se minha companheira quisesse pegar uma Kombi velha para viajar sozinha, nesta terra de mer** (desculpem o termo), eu ficaria desesperado.

Mais ou menos como ver alguém que nuca manuseou uma pistola automática (porque quem sabe nunca faria isso) e colocar o olho no cano da arma. So pra ver o que tem dentro (e muitos fazem isso acreditem). A primeira reação, de quem conhece o perigo, é puxar a arma da mão do incauto. Nesse caso, a pistola é mais segura para se olhar o cano. Retirado o pente, armando duas vezes por segurança para tirar a bala da agulha e olhando a câmara, para se certificar que está vazia, já permite que se olhe o cano, para limpar, para lubrificar ou retificar. A viagem de Kombi, nesse faroeste caboclo, infelizmente não tem pente à ser retirado e nem culatra para ejetar a bala da agulha. Ela está sempre lá, esperando um incauto olhar seu cano de frente.

Grande abraço! 

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Vai na paz Pérola Negra, mas ainda era cedo...

A cantora Karinah numa bela interpretação de Pérola Negra com participação do Luiz Melodia, a gaita sofisticada de Rildo Hora e Ricardo Silveira na guitarra acústica. Gravado em 2016 no Estúdio Corredor 5. Engenheiro de Som: Rodrigo Vidal.  

É brother, você se foi, assim de surpresa. Mas você sempre foi assim né? Surprendente, disruptivo, contestador e irreverente. Vai na paz pérola negra e rara da MPB autêntica e multifacetada que você ajudou a divulgar. E agora quem vai desafiar tanta gente que sofre por suas Marlenes?


Tente passar pelo que estou passando
Tente apagar este teu novo engano
Tente me amar pois estou de amando

Puxa cara! Você nem avisou pra gente que estava passando por isso tudo. E se avisou, não fiquei sabendo, talvez por distração ou ignorância, porque você disse que "tinha sete vidas para viver. Mas vou tentar apagar esse engano deixando essa mensagem aqui pra você.