domingo, 22 de dezembro de 2013


Existem duas formas de  captar uma imagem: o jeito fácil e prático e o jeito complicado e demorado. Cada um deles serve a propósitos específicos. Eu gosto do caminho antigo e demorado. Mas não tenho nada contra o point-and-shot. Pelo menos, nos dois casos a qualidade é boa. 

O meio termo é que geralmente é terrível. Não sabe fazer? Deixa o dispositivo resolver seu problema. Eu tenho saudades do velho filme e da expectativa que ele nos causava. Tirar as fotos e correr para revelar. E ver o resultado, horas ou dias depois. Satisfação ou decepção. 

Então procuro brincar com as digitais, fazendo um pouco desse caminho de gato e rato. Não sempre, pois não é produtivo. É somente pura diversão. Como eu faço? Simples e complicado...


Veja essa foto. Eu não olhei no visor da câmera (Tanto na ocular quanto no LCD). Minhas ferramentas básicas, além da 5DMK2 e da lente Sonnar 135mm Zeiss, foram um fotômetro e uma trena. Ponto.

Para enquadrar é preciso saber o angulo de abertura da lente e a boa e velha trigonometria básica do ensino fundamental. Mediu a largura do plano/objeto a ser retratado e a altura em relação ao solo e você já sabe onde posicionar a câmera. 

Definiu o que quer em foco? Escolhida está a abertura da lente. Definiu a textura? Já sabe o ISO. Regulou  o fotômetro com esses parâmetros? Pronto. Definida está a velocidade do disparo. 

E para focar sem autofoco? Uma espiadinha? Não. Se você conhece  sua lente e ela está calibrada, basta usar a trena. Mediu a distância exata do objeto ao plano do sensor, colocou o tripé e câmera na distância exata, tem que estar no foco... 

E a cor? Mais uma vez ciência: Se você sabe a temperatura de cor da fonte de luz que ilumina sua cena, basta regular o balanço de branco e pronto. 

Aí é só disparar. Baixar a imagem para o computador e ver o resultado. Se quiser mexer tudo bem, isso também é legal. Mas o bom mesmo é simplesmente perceber que deu tudo certo. E não vai ser preciso, como nos velhos tempos, pedir ao laboratório para puxar um ASA, fazer um corte, aumentar o contraste. A primeira cópia já ficou no jeito...

No caso do digital, é preciso apenas diminuir o tamanho e comprimir um pouco para poder enviar para a web. Vai subir bem mais rápido que o tempo que levou para produzir a foto. Isso eu garanto. Afinal, tempo é dinheiro. No método mais fácil são só alguns milésimos de segundo e tudo está perfeito. Ou quase. E porque gastar 10 minutos para fazer uma foto? 

Pelo prazer de fazer uma foto...

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