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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Perdas e danos...

Marisa e Luiz Inácio no dia do casamento em São Paulo, 1974. Fotógrafo ignorado.



É muito triste perder alguém com quem se conviveu muitas décadas. Mesmo que o amor tenha se transformado em qualquer outra coisa que não fosse o ódio. E talvez até nele, haja desespero. Perder a parceria de uma vida quase toda dói em qualquer um. E me parece que ao homem maltrata mais. Não que a mulher se importe menos. Mesmo sem admitirmos, somos mais carentes e dependentes delas. Desde a nossa gênese. Ninguém deveria perder seu amor. Não importa o que sejam os amantes. Não vejo aqui sujeitos ou personagens. Não me importam. São entidades a serem julgadas pelos homens e pela história. Mas quem falará da paixão e do amor dessas pessoas? E de tantas outras que perdem o que lhes era mais caro? É muito difícil ficar sem nosso amor de tantas travessias. Em todas as nossas alegrias e misérias não haverá nada mais belo ou mais triste. Só o destino pode nos impor, em sua frieza matemática, castigo tão cruel.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Racismo, denúncia e liberdade de expressão: misconceptions

À esquerda,"Chair" , 1969, escultura de Allen Jones, acervo da Tate Modern, Londres e a direita a galerista russa Dasha Zhukova sentada em uma cópia inspirada no trabalho  original de Jones.

Aí fica complicado definir o que seja ou não racismo. Dasha Zhukova, galerista russa, foi fotografada para a revista de arte Buro 24/7, editada em Moscou, sentada em uma escultura explicitamente inspirada na obra  "Chair" (1969) de Allen Jones. A peça original, faz parte do acervo da Tate Modern em Londres. A foto causou comoção e comentários furiosos na web mundo afora. Acusaram a revista, que a fotografou para a entrevista e a própria galerista de racismo. Será que é tanto assim? Ou a foto estava fora de contexto e mal interpretada?

Talvez os que tenham visto a imagem, sem dúvida desafiadora, sem conhecer o contexto da obra original e da cópia, pudesse achar que se tratava mesmo de uma cadeira. Na verdade a galerista não deveria estar sentada sobre a escultura, não por dar a entender racismo, mas primeiramente por respeito e cuidado com uma obra de arte.