Durante séculos, senão em toda a história da humanidade, os gastos de recursos com a autodefesa, frente a qualquer ameaça a sobrevivência de nossa espécie, levaram a escolhas de como gerir os meios de subsistência, de forma a equilibrar esses recursos sempre limitados, na balança de sucesso ou fracasso na manutenção da vida. Numa comparação simplória, para os primeiros humanos, gastar materiais combustíveis para preparar alimentos ou iluminar a entrada do abrigo para afastar as feras, usar a madeira para fazer o fogo ou esculpir lanças, alimentar melhor os guerreiros e caçadores do que os mais velhos ou as crianças para garantir indivíduos mais fortes para a caça ou para a defesa do grupo deviam ser questões muito discutidas dentro das comunidades.
segunda-feira, 22 de março de 2021
domingo, 21 de março de 2021
Pandemia: uma imagem vale mais que mil palavras...
Essa matéria nem precisaria de texto. A imagem acima fala por si. Mas quem gosta de escrever não resiste a publicar um artigo apenas com uma foto. Em meados de janeiro desse ano, muitos países, inclusive Brasil e Portugal, sofreram uma escalada na pandemia de Covid. Provavelmente pela proliferação de novas variantes do vírus, relaxamento das medidas restritivas de circulação antes e após as festas de Natal e Ano Novo. Aqui no Brasil ainda houve o carnaval com aglomerações clandestinas. Em todo o mundo a pressão das pessoas cansadas dos confinamentos também faz pressão. As empresas já muito prejudicadas financeiramente pelos confinamentos, mesmo que parciais leva ao declínio econômico e desespero de seus proprietários. Todos esses fatores fazem pressão sobre governantes e autoridades sanitárias. Houveram então desconfinamentos considerados precoces e temerários. Médicos, cientistase autoridades sanitárias alertaram para o risco. Não foram ouvidos. Isso ocorreu na quase totalidade dos países. Em muitos países a população se rebelou violentamente contra medidas sanitárias e de restrição á circulação e com o fechamento das diversas atividades econômicas. Não foi um caso isolado ou que tenha acontecido de maneira pior no Brasil.
quinta-feira, 4 de março de 2021
Quando o leitão come o fazendeiro...
Mal abro o jornal pela manhã e me deparo com a matéria
num canto da primeira página: O presidente descontraído que convidou um
parlamentar a preparar um “almoço temático” – seja lá o que isso sifgnifique em
palácio – cujo prato principal era um leitão. A matéria não deu mais detalhes
de como a iguaria foi preparada. Mas descreveu o estado de animo do governante
e os pratos secundários. Enquanto se regalavam com o banquete, do lado de fora,
mais 1800 brasileiros perdiam suas vidas.
Ainda segundo o noticioso, o presidente estava “alegre e bem descontraído” como o descreveu o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) “que foi convidado a preparar um leitão para almoço temático informal”. Consta ainda na matéria, que o deputado “também preparou linguiça, feijão tropeiro e carne moída com quiabo para o banquete”. Infelizmente também não constava na matéria a lista de bebidas. Fosse meu o porco, eu teria servido um Jerez. Mas gostos são gostos. Ou desgostos.
terça-feira, 2 de março de 2021
Estamos no buraco...
Brasil, dois de março de 2021: 1.800 vidas perdidas para a Covid.
Se a média móvel não aumentar – mas tudo indica que vai – em dois de abril
próximo serão mais 50.000 mortes. Passaremos a trágica barreira dos 300 mil
brasileiros perdidos para o vírus. Nesses próximos trinta dias não
conseguiremos vacinar, com duas doses, mais do que 2% da população brasileira. E mesmo que conseguíssemos, seriam necessários
mais 30 dias para que a eficácia máxima dessas vacinas fosse atingida.
Precisaremos que mais da metade da população seja vacinada
para que a doença regrida a números que representem as infecções e óbitos
similares a outras doenças que são controladas com vacinas. Como a gripe, o
sarampo, a tuberculose, etc. que acabam por se tornarem endêmicas e
controladas.
Portanto, inocular com duas doses cerca de 100 milhões de brasileiros será uma meta a ser atingida, com muita sorte, somente no início de 2022. Até lá, quantas mais vidas serão perdidas? Serão 300, 400 mil ou, como nos Estados Unidos, mais de meio milhão de pessoas que irão morrer? Ninguém nesse momento sabe responder. Mas as estatísticas são muito pessimistas.