Não estou sendo presunçoso ou mal agradecido. Não me leve a
mal. Mas não escrevo no FB, no meus blogs ou em outras redes sociais pra ganhar
“joinhas”. Desculpem o termo, mas estou cagando pra isso. Escrevo porque
simplesmente gosto de escrever.
Escrevo para compartilhar opiniões, pensamentos, conhecimentos e principalmente, para provocar discussões. E sim, sou ácido de vez em quando e na maioria das vezes, polêmico. Sim falo mal do Brasil - a que adjetivo quase sempre como “país de merda” – para ver se pelo menos mexo com os brios dos brasileiros.
Escrevo para compartilhar opiniões, pensamentos, conhecimentos e principalmente, para provocar discussões. E sim, sou ácido de vez em quando e na maioria das vezes, polêmico. Sim falo mal do Brasil - a que adjetivo quase sempre como “país de merda” – para ver se pelo menos mexo com os brios dos brasileiros.
Quase tudo que publico é original. Textos, fotos e desenhos
ou gráficos. Evito ao máximo reproduzir material de terceiros. E quando o faço
– sempre dentro de um contexto – procuro sempre citar a fonte (quando encontro) e dar o crédito ao autor. Não fico postando “sefies” o tempo
todo. E se posto uma foto minha (coisa muito rara) é porque ela faz parte do assunto que quero escrever. Me canso fácil de quem posta “selfies” sem motivo o tempo todo. Tudo bem. Eu entendo que os motivos são da pessoa e não me dizem respeito. Mas me reservo o direito de achá-los quase sempre enfadonhos.
Também não me agrada essa enxurrada de memes e gifs animadas. Salvo raras excessões são coisas completamente sem cabimento e que poluem minha timeline. E sim, podem ter certeza de que denuncio aos administradores de qualquer rede social coisas ofensivas, degradantes ou de cunho machista, sexista ou preconceituoso. Mesmo se são postadas por amigos ou parentes. E dependendo da gravidade chego a retirar, a pessoa que postou, da minha lista de amizades.
Também não me agrada essa enxurrada de memes e gifs animadas. Salvo raras excessões são coisas completamente sem cabimento e que poluem minha timeline. E sim, podem ter certeza de que denuncio aos administradores de qualquer rede social coisas ofensivas, degradantes ou de cunho machista, sexista ou preconceituoso. Mesmo se são postadas por amigos ou parentes. E dependendo da gravidade chego a retirar, a pessoa que postou, da minha lista de amizades.
Penso que o que está por traz disso é a necessidade que as pessoas tem de serem notadas, De terem muitos amigos e contatos em suas redes. Isso deve trazer a elas uma sensação de popularidade. E acho perigoso, quando alguém sente que fortalece sua autoestima pela quantidade de “likes” que recebe. Com isso acabam se inscrevendo em dezenas de
grupos para serem mais vistas ou para terem mais assuntos para preencherem suas vidas. Mesmo que na maioria das vezes recebam conteúdos frívolos e sem estofo construtivo. Dessa forma quando abrem uma de suas redes, são bombardeadas instantaneamente com centenas posts, fotos, vídeos, memes e anúncios.
E é lógico que ninguém tem tempo hábil ou disponível para ler, selecionar, refletir e devolver, na forma de comentários agregadores e pertinentes, toda essa avalanche de informação. Ai acaba por não sobrar tempo para interagir de maneira mais pessoal e cuidadosa com esses assuntos e com os amigos que os postam. Acabam dando “joinhas” e postando carinhas felizes ou de espanto automaticamente, como se fossem um programa de inteligência artificial.
E é lógico que ninguém tem tempo hábil ou disponível para ler, selecionar, refletir e devolver, na forma de comentários agregadores e pertinentes, toda essa avalanche de informação. Ai acaba por não sobrar tempo para interagir de maneira mais pessoal e cuidadosa com esses assuntos e com os amigos que os postam. Acabam dando “joinhas” e postando carinhas felizes ou de espanto automaticamente, como se fossem um programa de inteligência artificial.
Já recebi e ainda recebo comentários de ódio por minhas
posições. Ou gente me tomando pelo que não sou: metido ou arrogante, quando faço esse tipo de crítica ao conteúdo que elas postam. A maior parte de meus amigos e contatos, nas redes sociais e fora delas, publicam coisas bem legais e de utilidade pública. Mas vem muita bobagem também. Isso porque não têm tempo, como falei acima, de checar a veracidade de tudo. E é um tal de notícia
falsa, corrente, piada de mau gosto e todo tipo de conteúdo que muitas vezes essas pessoas nem percebem que postaram ou compartilharam sem querer.
Também escuto sempre que rede social não é para lugar de tratar assunto sério. Não é para discutir problemas. Que aquilo ali é somente diversão. E me parece que no Brasil esse conceito é levado á sério. Tenho alguns amigos estrangeiros e participo de diversos grupos de fora do Brasil. Geralmente sobre assuntos ligados a
tecnologia, fotografia ou cultura. O que percebo nesses grupos é que as pessoas
estão mais dispostas a discutir e dialogar. A buscar e propor soluções técnicas, dentro e fora do grupo. Quase nunca suas interações ficam apenas no “joinha”.
Cada post nesses grupos recebe, pelo menos, uma réplica e várias tréplicas. O assunto às vezes se estende por dias ou semanas e acaba transcendendo o tema original, levando a novas discussões sobre outros aspectos ligados a esse assunto inicial. Essa vontade de conhecimento, de busca de soluções longamente discutidas e negociadas até formarem um consenso mínimo ou mais geral, onde quem sabe mais divide e quem sabe menos aprende um pouco mais, iguala as oportunidades de participação e de construção coletiva de um saber.
Cada post nesses grupos recebe, pelo menos, uma réplica e várias tréplicas. O assunto às vezes se estende por dias ou semanas e acaba transcendendo o tema original, levando a novas discussões sobre outros aspectos ligados a esse assunto inicial. Essa vontade de conhecimento, de busca de soluções longamente discutidas e negociadas até formarem um consenso mínimo ou mais geral, onde quem sabe mais divide e quem sabe menos aprende um pouco mais, iguala as oportunidades de participação e de construção coletiva de um saber.
Aqui, muitas vezes percebo que dão um like sem mesmo ler o que escrevi. Ou se leem
e não entendem, também não fazem mais perguntas para tentar compreender. Parece que têm vergonha de mostrar que desconhecem um assunto. E nessas horas, se torna desanimador, perceber que as horas ou dias gastos pesquisando, escrevendo e revisando um texto resulta apenas em receber “likes”. Sabem como percebo isso? Quando posto material instrucional, que demandaria pelo
menos 15 minutos de leitura, e dois minutos depois de publicar já tem gente
dando like ou comentando que o artigo é excelente e esclarecedor.
Escrevo nas redes sociais e tenho dois blogs. Um pessoal com mais de 5 mil visitas e outro bem técnico, que está chegando à casa do primeiro milhão de visitantes. Em certo momento precisei limitar o envio de comentários e perguntas, pois percebia que muitas ja estavam respondidas no próprio conteúdo do post ou haviam sido discutidas em outro artigo. E conseguia rastrear, através da página interna de administração do blog, que a pessoa que perguntava, havia lido os dois. Era tanta gente enviando dúvidas que chegava a passar doze horas por dia respondendo a cada um.
Antes de limitar as perguntas e comentários eu deixei um
aviso grande na página inicial: “Antes de enviar sua pergunta ou dúvida use a
caixa de pesquisa para ver se o assunto já foi respondido ou tratado em outros
artigos.” Não adiantava. E comecei a notar que ninguém queria aprender. Só
queriam o “esquema” ou, como se diz na gíria, o “caminho das pedras”, a coisa já mastigada. Como o blog
é lido em vários países de língua lusófona, tenho muitos seguidores em Portugal
e em África. E também nos EUA e México. E são essas leitores que mais me dão retorno (e satisfação). Pois são os que mais dialogam e questionam. Sempre querendo aprender mais ou
compartilhar comigo e com a comunidade do blog.
Outra constatação que me entristece é a preguiça da leitura. Quando eu tinha
produtora de vídeo e estúdio de TV próprios, postava muitas vídeo-aulas. Parei somente depois que fechei a empresa. Mesmo quando tinha todos os recursos
próprios, custava caro produzir cada vídeo. Eu obviamente não gastava dinheiro
diretamente, pois contava com a ajuda dos sócios
para operar equipamentos e editar os vídeos nos horários vagos. Quando voltei mais a utilizar textos, mesmo ilustrados com fotos e gráficos, notei uma queda acentuada na audiência nesses formatos.
Todo mundo quer as coisas mastigadas e prontas. Ninguém quer mais pensar por conta própria, pois para isso precisa leitura. E é preciso tempo para captar, entender e amadurecer as informações até transformá-las em idéias úteis para quem está buscando. E cada dia surgem mais redes sociais, mais grupos para se inscrever, mais amigos para adicionar. E mais conteúdo para ler. Se não aprendermos a filtrar todos esses dados, nada ou muito pouco vira informação. No fim, fica apenas o "loinha" mesmo.
Grande abraço!
Todo mundo quer as coisas mastigadas e prontas. Ninguém quer mais pensar por conta própria, pois para isso precisa leitura. E é preciso tempo para captar, entender e amadurecer as informações até transformá-las em idéias úteis para quem está buscando. E cada dia surgem mais redes sociais, mais grupos para se inscrever, mais amigos para adicionar. E mais conteúdo para ler. Se não aprendermos a filtrar todos esses dados, nada ou muito pouco vira informação. No fim, fica apenas o "loinha" mesmo.
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