Brasil, dois de março de 2021: 1.800 vidas perdidas para a Covid.
Se a média móvel não aumentar – mas tudo indica que vai – em dois de abril
próximo serão mais 50.000 mortes. Passaremos a trágica barreira dos 300 mil
brasileiros perdidos para o vírus. Nesses próximos trinta dias não
conseguiremos vacinar, com duas doses, mais do que 2% da população brasileira. E mesmo que conseguíssemos, seriam necessários
mais 30 dias para que a eficácia máxima dessas vacinas fosse atingida.
Precisaremos que mais da metade da população seja vacinada
para que a doença regrida a números que representem as infecções e óbitos
similares a outras doenças que são controladas com vacinas. Como a gripe, o
sarampo, a tuberculose, etc. que acabam por se tornarem endêmicas e
controladas.
Portanto, inocular com duas doses cerca de 100 milhões de brasileiros será uma meta a ser atingida, com muita sorte, somente no início de 2022. Até lá, quantas mais vidas serão perdidas? Serão 300, 400 mil ou, como nos Estados Unidos, mais de meio milhão de pessoas que irão morrer? Ninguém nesse momento sabe responder. Mas as estatísticas são muito pessimistas.